Não é preciso coragem épica — só o gesto de aparecer. De te permitires parar e experimentar um espaço onde não tens de ser forte, engraçado ou perfeito. Só presente.

Encontras outros como tu — diferentes por fora, parecidos por dentro. Ninguém tem de impressionar. A escuta é real. O ambiente é seguro. E, pela primeira vez em muito tempo, sentes que podes simplesmente estar.

Podes falar. Ou apenas ouvir. Tudo conta. Cada partilha toca de forma diferente. Cada escuta acorda algo. E, aos poucos, sentes-te menos sozinho no que vives.

Aquilo que o outro diz... parece que és tu a sentir. E há uma paz estranha nisso. Porque afinal, o que carregas não é só teu — e perceber isso alivia.

Entre uma pergunta, uma história e um silêncio, começas a entender melhor o que te inquieta. As peças começam a encaixar. E mesmo sem teres tudo resolvido, há um fio que se torna mais nítido.

As sessões não ficam ali. O que ouviste, o que sentiste, o que disseste — começa a fazer eco no teu quotidiano. Nos teus limites. Nas tuas escolhas. Na forma como te relacionas contigo e com os outros.

A confiança que surge no grupo mostra-te que é possível ter relações mais honestas, mais humanas, mais reais. E isso começa a acontecer lá fora também.

Podes ficar mais tempo. Podes voltar quando precisares. O grupo existe. O espaço continua. E tu, agora, sabes que há um lugar onde podes simplesmente ser.